Foto: Ciça Guirado

quando bruno amaral me convidou para traçar umas linhas sobre literatura, pensei em estradas férreas periféricas. daquelas que eram principais e hoje abandonadas deixam que rosas cresçam em suas margens. rosas, textos e nomes fora da margem. fora dos trilhos. assim como a proposta desse espaço digital. então, numa viagem de se esperar horas por aeronaves atrasadas, lembrei-me de guimarães. da cidade berço da língua e do homem que vagueia no rio. e daí foi um pulo na água da palavra: música, filme e o próprio conto A terceira margem do rio.

batizamos pois, bruno e eu, via whatsApp, naquele entonces de ir e vir no barco da espera, no redemoinho de tempo-espaço de onde não se sai, nem se fica: margem da palavra. os padrinhos, para além de rosa, caetano, milton e nelson pereira dos santos, todos os que ficaram nas beiras. à margem da leitura. à margem da poesia. não porque não queriam ou não entendiam, mas porque não sabiam. não foram cultivados.

daí essa coluna, que alça vôo na palavra, rechaça o verbo lúgubre e prenhe de nariz enpinado e acata a lira que ressoa nas margens. acata os escritos locais mais próximos e aqueles outros  distantes que passam despercebidos. por isso, convido a todos para sugerir livros prazerosos ou comentar as resenhas que virão nas asas da palavra. voemos nessas águas. evoé.

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