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Manoel Messias

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2015, quando contou sua história.

“Meu nome é Manoel Messias Nogueira, nasci no ano de 1964, oito do dez de 1964. Assim que eu cheguei aqui em Londrina, eu trabalhava no café 7, aí tirava a gravata e ia lá evangelizar o pessoal, na época era cola de sapateiro. Eu abraçava os menino e falava: ó, não adianta vocês ir ne clínica, porque a clínica é só uma passagem, um passatempo, porque quem restaura a vida das pessoas é Jesus Cristo. Não adianta ir na clínica e voltar usa crack, maconha e cocaína. E o Márcio, hoje ele é casado, e batizado na igreja central e é pai de duas crianças. Isso pra mim é ouro em pó, tirei um da garra do diabo e devolvi pra Deus. [Márcio é um dos meninos que o Manoel encontrava cheirando cola pelas ruas de Londrina.] Eu vim pra Londrina pra corte de cana, eu tenho 28 anos aqui. Sou de Minas, Janaúba. Eu saí candidato a vereador em 2008, em 2016 vou sair de novo. Meu sonho de vida é continuar ajudando o próximo na rua. Eu gravei um especial com Rodrigo Marine quando ele tava na RIC TV, que a felicidade não está em casa, carro, apartamento, mansão ou casebre, a alegria está é a pessoa conhecer o verdadeiro Deus. Eu moro num ferro velho, do Paulinho. Eu ando com meu carrinho de reciclage né, eu trabalho com reciclage, o pessoal passa e me dá 50, 100, sem pedi, qué dize, isso aí é o prover de Deus, é Deus tocando o coração das pessoa pra ajuda o trabalho da gente. Eu tava agora mesmo num projeto o IDE Bosque. Tinha uma colega minha que eu conheci aí né, fiz amizade com ela uma doutora, não sei se é advogava se é médica, doutora Elaine, ela contou que ela tava triste porque a cachorrinha dela morreu né, e lá no ferro velho eu ganhei um monte de cachorro, aí eu fiz uma surpresa pra ela e levei uma cachorrinha pra ela. E ela testemunhou que aquela cachorrinha que eu levei la pra ela, voltou reinar a alegria na casa dela e na casa do pai dela. Quer dizer, não é só o pobre que precisa de ajuda, o rico também. Não é só o pobre que sente tristeza, o rico também sente tristeza. As vezes tá lá, cercado por muitos pobrema e não tem ninguém pra se abrir.”

JP – LONDRINA – OUTUBRO DE 2015

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