O Brasil ficou chocado ao assistir as imagens de câmeras de segurança exibidas pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, que mostraram o Biólogo Luís Felipe Manvailer agredindo a advogada Tatiane Spitzner, que agora está morta.
Nunca dá para saber até que ponto uma briga de casal pode chegar. Não espere escutar um tiro ou ver um corpo passando pela sua janela para ligar para a polícia! Inclusive, omitir-se no momento de uma confusão não é o único modo de ter um dedinho nas mortes por feminicídio.
Quando você pergunta o que Tatiane fez para merecer aquilo, é sua mão que também está empurrando-a.
Quando você incentiva sua amiga a perdoar a décima surra da semana que ela levou do marido, é sua mão que também está empurrando-a.
Quando você está no salão fofocando que fulana está de olho roxo ao invés de tentar ajudar, é sua mão que também está empurrando-a.
Quando você pensa na carreira de biólogo que foi destruída, é sua mão que também está empurrando-a.
A morte de Tatiane é fruto de uma cultura machista que a sociedade insiste em manter viva! É fruto da violência psicológica em que as mulheres são submetidas, que as fazem crer que são culpadas e que devem ficar silenciadas.
Não adianta expor pela milésima vez dados que informam que a cada 7 segundos uma mulher é vítima de violência física e que 1 em cada 3 mulheres já sofreu algum tipo de violência. Acontece a todo momento, todo mundo já sabe. Agora é preciso sentir-se incomodado o suficiente para tentar melhorar essa realidade caótica, começando pelas atitudes do dia a dia!
Não seja cúmplice. Denuncie. Ligue para o telefone 180, da Central de Atendimento à Mulher. A ligação é gratuita, 24 horas por dia, de qualquer terminal telefônico – móvel ou fixo, particular ou público – todos os dias da semana, inclusive domingos e feriados.
Por: Gabrieli Chanthe